terça-feira, 30 de outubro de 2007

Não sei por que tantos "porquês"...

Não sei por que cismei em publicar esta poesia do inesquecível Carlos Drummond de Andrade. Não sei por quê, o porquê que eu não sei. Sei lá...Há tantas coisas que não tem porquês...Apenas, são!Simplesmente, hoje é o dia. E porque é, assim o fiz.



Descoberta

O dente morde a fruta envenenada
a fruta morde o dente envenenado
o veneno morde a fruta e morde o dente
o dente, se mordendo, já descobre
a polpa deliciosíssima do nada.

Carlos Drummond de Andrade


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