terça-feira, 30 de outubro de 2007

Soneto























("Quadro: "O Grito", de Munch)


Sonho e loucura num mundo material


Quando a gente sonha
deveria saber que é sonho,
pois a cabeça na fronha,
nada deixa enfadonho.

Nem todos sonham.
Sonham os loucos...
A razão dos que ganham,
não muda o ideal de apenas uns poucos!

Porém, quando do concreto nada mais restar
e seu mundo lógico ruir,
terás nos cristos loucos, a quem se agarrar.

E você, obra-prima material,
ao pó retornará para o respouso disforme.

Serás essência da natureza: sem bem, nem mal.

Alencastro Penaverde



P.S.: Dedico esse soneto aos loucos.Sem "eles" o mundo não seria mundo. Para muitos, em cada época, Cristo, Gandhi, Santos Dumont, Bolívar, Che, Anita Garibaldi, Prestes, Lamarca, também foram considerados loucos. Se ter um ideal é ser louco, humildemente peço que abonem a minha entrada para o "time dos loucos".

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